[Do Lutgarda n.2, de meados de 2000]
Era uma vez um homem que amou desmedidamente uma mulher.Era a mesma vez uma mulher que amou desmedidamente um homem.
Outra era a vez em que conheceram o tempo.
Outra era a mesma vez em que conheceram o medo do tempo.
Outra era ainda a mesma vez em que mediram o amor pelo tempo.
Era-se a vez em que se amaram desmedidamente.
hahahaha... ainda bem que existe word!
ResponderExcluirEra uma vez um verbo estar
ResponderExcluirconjugado no plural
por duas almas.
As palavras, como as coisas,
cedem ao tempo e se esfarelam.
Amar?
De verbo a adjetivo, de adjetivo a substantivo etéreo, perdido na memória...
Agora o estar passa a sós, entre as memórias.
Passar é o normal:
pouco fica para além do tempo.
Sabe-se.
Mas onde está a minha calma?
Centauro,
ResponderExcluirMe é quase impossível não ler isso por um viés kierkegaardiano. Uma surpresa que quase me reconciliou com o dia.