pra Rita
Olhar-se no espelho é
sempre um susto.
A gente corta, mas os pêlos crescem.
A barba, os cabelos, ainda as unhas
– a vida, insistente, à nossa
revelia.
Magro, costelas saltadas,
tenho a realidade a meus
olhos:
ossos quebráveis, um tico
de carne,
na testa um redemoinho que
comanda o topete.
Pequena é nossa liberdade
(sofrer?).
Sou mais que pó, eu sei,
sou também sebo e sujeira.
O corpo está além de nós.
Enxergar é a arte mais
difícil.
Contente de passar por aqui e encontrar esse poema!
ResponderExcluirgrande!
ResponderExcluirpretty nice blog, following :)
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